meter a mão ao peito
meter os pés
meter-se em nãos
meter os pés pelas mãos
confundir-se com a turba na escuridão
é meu fardo-sina e senão
ofender-me facilmente
macular o coração.
meter a mão ao peito
com um tanto de amor
entre os dedos
com paixão
lavar cada átrio
da casa-coração
cada dia um pouco mais fundo
tornando-se infindo
e sem cor ação
(é púrpura, é voragem, é transmutação)
eu me magoo com tudo
eu nada relevo
eu me assusto com o vão
entre o que penso
e o que é minha ação
porque falha, torpe, palavrão
atordoante, feroz, RE ação
então
cubro-me de impropérios cortantes
quero ferir meu irmão
mas calo, limpo choro
meto a mão ao peito
e revelo
relavo
até
que
releve
não reajo
me calo
e
um dia
vira perdão.
Um comentário:
que bonito...quanto tanto os outros textos, escreva sempre.
Postar um comentário