numa manhã oblíqua eu percebi
como uma lembrança triste
que você já era
passado
que o futuro já tinha chegado
- aquele que eu projetava -
quando você não estava mais
presente
é quando a gente se dá conta
que morreu um pouco
que nasceu um pouco
que viveu um fim
enfim
percebi que eu não pensava em você
e que você não pensava em mim.
olhei no relógio pra ver e assim:
era páscoa por fora
e carnaval dentro de mim.
3 comentários:
Poética em adivinhar! Sinto-me decifrado e de carnes devoradas sutilmente expostas como arte. De ser!
você não é arte. você é o que não se pode dizer, mesmo pensando, porque pareceria grosseiro.
Onde está o carnaval?
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