cabeça dum turbilhão tempo nem vê responde:
a única certeza é o findar dos dias num balançar lento.

deusdocéu deve ser um trânsito louco de planetas estrelas ou carros numa espiral galáctica qualquer. em qualquer lugar do mundo deve existir um alguém igual a mim mas não tão igual que me cause medo e me faça chorar. um igual assim de encaixe, de completude, de liberdade.

continuo com frio.
Brrrrrrr! ai que frio e que falta de ar, falta de mim, falta de tudo.
dói dói dói, dói tanto que perco as estribeiras, que me perco pelas beiras.
não quero essa de vaidade: não há vaidade no luto, nem na luta, há na lida: não lido, não sei como me posicionar tomo broncas monumentais e choro feito criança querendo o que é meu.
porque eu quero quero quero e quero cada vez mais. não há vontade que aplaque o meu querer. sou egóica.
olho meus erros. e ela? tá olhando os dela?
eu quero tanto, mas nada é meu, nada.
tudo pertence ao mistério e a gente só participa disso pra ver como se porta, como se comporta.
e eu to dando show de lágrima.
tudo é pela transformação sagrada de eterno devir, de ir e vir, de nunca partir, só participar.
eu to a par, a par de, a parte de tudo, quando meu ego preferia ser ímpar.
queria se só eu só eu e só eu.
To descolada da alma e comprar um carro funde os dois.
as duas. as diferentes luas: dois bicho de fogo e se comigo é fogo, com ela é incandescência. indecência. me dando e mudando de marcha pela faria lima. faria tudo de novo, faria, faremos?

o amor me salva de quem não quero ser,: transforma o que sou,
mas será que você vem comigo.

vem?

2 comentários:

Unknown disse...

naturalmente

Anônimo disse...

então existiu um tempo em que você não teve medo de amar?