Cruzei uma linha tênue
dolorida de descaso
a dor saqueia meu ar:
tudo é perplexo de medo
revolve por dentro
a efeméride de 19 dias:
como pode trazer o tempo
a certeza do que é eterno?
Tudo guiado por risos estalados
de deslumbre e por hormônios a flor da pele?
Balança a vontade do junto de mim
a aspereza dos meus arredores?
Perdão, amor
perdoa-me por não ser pura luz cintilante de ti
perdoa
por também as vezes calar-me
por também as vezes chorar
por saber-me mortal, pecadora.
Perdoa.
Que eu aqui
frente aos restos da noite boa
deixo que o pranto corra e que tudo doa.
Limpando-me da insegurança,
deixando que a dor escoa.
Para que na hora de ver-te
eu seja risos e bocas
limpa de dor
só te ame
seja só amor.

3 comentários:

RADIOATIVIDADE disse...

recomeçar dos restos ainda frescos
e sentir lembranças das dores boas
cintilam as diversas formas dos enigmas não imaginados ...
era sobre amar aquilo que nos motiva
era sobre amor aquilo que nos condensa

livres para pensar e sentir

respostas que não somam explicações

Projeto Exilius disse...

uauauaauauauauauauauauauauaua

;) disse...

Sim, Sim, Sim
que doa, que dure, que seja..
mesmo o amor... mesmo pecadora...
Que seja só amor!