poema fragamentado sobre eu e você


te quero inteira, a beira de um abismo de mim te quero toda  te quero inteira assim meio de lado cheirando a chanel ou jasmin de frente pisando em flor ou nas dores de mim passando por trás por um fio vem inteira e eu (ou o fragmento de mim) também toda embananada nuns porém de dia, poréns de noite é sempre assim: você vem tão menina, tão mulher prá cima de mim e eu nem olho pro lado se você vem assim cheirando a chanel, gengibre ou jasmin, teu corpo jazz em mim eu inteira, feliz, assim, menina me pegou de lado de frente por trás e eu agora não sei fazer com a demanda sem fim de amor, que transcorre transpassa nos dias tão quentes do interior, o quarto cheirando incenso ou amor, eu sem dor, sem ódio, sem torpor, sem preguiça e sem andor, sem fantasia, só amor, transcendendo subindo descendo como toda matéria-espírito na terra. Pois se nasci assim imperfeita, sou eu, o que sou,  inteira prá você, descobriu minhas brechas, deitou e rolou, agora fecha a mão no meu pescoço, e ama: eu te amo, pela casa, pela cama, pelo jardim, torta, reta-inteira de mim, pedaço, cheirando a chanel ou jasmin.