por trás da cabeça abriram-se as asas
mas ainda sem as penas,
que crescem aos poucos
antevejo a vida,
e me amedronta.
não sei não vivê-la.
tenho medo da simpleza:
então ser feliz é assim?

queria que elas batessem antes da queda
pois caio em mim e dói.

achei que viveria tudo isso assim,
a teu lado
na tua frente

mas é sozinha que vôo.

(percebi que ainda em revoada
é solitária, doída e cansativa
a migração dos pássaros)

me sinto só e fujo de mim.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tudo isso é para evitar o fim?
Fugindo da vida antes que ela te atropele... é verdade, também fugi de mim, varias vezes...rs
A simplicidades e a vida bronca me assusta, talvez seja memórias do passado, é isso!
“Às vezes, só às vezes sinto saudades daquilo que ainda não vivi”

Obrigado por me fazer retornar a net, parabéns pelas poesias... São lindas!!!
Visite meu flog, esta desatualizado, mas como disse estou retornando, assim que der “tempo” eu o atualizo...

Muito prazer,
Peu Ramos