Ela se move como se fossem dela
os meus minutos
(e são)

Me olha num rito repetido:
joga um beijo de longe e pisca
sei que não me quer por lá
enquanto fecha a casa sobe o muro
e limpa os mortos
com esmero tal que me desespero:

"amor, o corpo é carne e serve só de vaso
prá que tanto bálsamo em cadáveres?"
e ela limpando a casa-alma,
me jogando protocolares beijos
significando talvez:
amo-te, por isso não se aproxime.

ela tem lá suas lógicas


e eu


respeito.

4 comentários:

Anônimo disse...

Que bom te ler de novo...
Agora quero te ver.
Beijo!

Anônimo disse...

ana, fala praela tirar o pijama que eu quero ler mais poema!! comentário tabajara pra blogueira de periodicidade tabajara...

Anônimo disse...

bixo, cê entendeu que é pra tirar o pijama mas pra colocar uma outra roupa, né? caraca, nem tô assediando, hein... eita gafe que eu faço...

Dj Costta disse...

delicia de blog...