Quando tudo é placidez
Contempla o oposto

Porque insiste em não me dar a mão
e se acalmar no meu peito-coração?

Aceita meu abraço perpetuado
no simples ato
de reverenciar o tempo passado
recebe meu amor, ainda que calado?
(só porque está cansado)

Com pás e ganchos e cordas
baldes e potes e enxadas
e afagos de gargalhada
acordamos a madrugada
fria: quentura de amor

Amor, tudo é pra já e perene
a hora é agora e solene
mas nada importa tanto que te inflame
a alma em dor
é passageiro, meu amor
suporta, esquece,
não entra no fervor do mundo
vem cá, se aquece
no meu abraço profundo

faz falta as alegrias
não se aparta na dor
eu te amo e só queria
que aceitasse, amor.

Um comentário:

Dilma disse...

afago para uma segunda segunda segundamente