coloca a mão aqui nuns dentros de mim
e me ensina a redescobrir quem eu sou

por que em dias assim que chove forte
a água de fora dá prá conversar com as de dentro
e tudo fica vaporoso, com o fogo das ventas.

você aparece depois da chuva
(me olha: são uns olhos fugidios)
acorda todos os monstros
sacode os cadafalsos
que eu protelava em mexer
gira as manivelas
se acotovela em sensata argüição.

o primeiro que fala é a mente: não
mas tudo se organiza na ação.
é irresistível tentar, atentar: atenção.

cíclico-mundo-deus-respiração
repetes os fatos para que eu diga não
e eu protelo: onde há rasgos na razão.
e na ação?

i n a ç ã o.

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